segunda-feira, 17 de junho de 2013

Momentos (CCVII)

A minha tarde, a partir do instante em que vou buscar Peter Pan à ama, é dele. Salvo alguma excepção em que tenha de fazer qualquer coisa urgente, vamos para casa, dou-lhe um biberão de leite, sento-me no chão com ele, rodeados de bonecada, e ficamos a brincar até à hora do banho. Encho-o de beijos, de abraços, de cócegas, dou-lhe muito colo e muitas festas, recebo muitos puxões de cabelo e muitas lambidelas na cara. Ele já sabe e atira-se para trás para eu o agarrar e lhe dar beijos na barriga. E ri-se muito. Depois páro e olho para ele séria. Ele devolve-me o olhar sério, para logo de seguida soltar uma risada, como que a pedir mais. E eu dou. Mais beijos, mais abraços, mais cócegas. Todos os dias, aquele tempo é só para ele. 

Hoje descobriu que as bolas rolam no chão. E ali ficou de olhos esbugalhados, a empurrar a bola e a soltá-la para a ver a rolar sozinha. (Isto depois de ter estado uns bons minutos a lamber o comando da televisão todo, de baixo para cima, como se fosse um gelado).

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