segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Em Amesterdão (III)

A cidade tem uma quantidade considerável de museus que devem valer a pena uma visita: o Museu dos Diamantes, o Museu da Fábrica da Heineken, o Museu do Sexo (este deve ser mais folclore para turista ver), o Museu de Amesterdão, o Museu Rembrandt House, o Palácio Real ou o Museu das Malas e Carteiras (este tinha de ir ver sozinha, obviamente). 
Mas para uma primeira visita e com o tempo limitado, a escolha só podia ser uma: Van Gogh. Dez minutos antes da abertura das portas lá estávamos nós, de e-ticket na mão (abençoado P., não tivémos de esperar nem cinco segundos na fila que já enchia a entrada). Seguiram-se duas horas de deslumbramento, e verdadeiro extâse em frente ao Pink Peach Tree e ao Almond Blossom (aquele azul, aquele azul...).
E pensar que o homem viveu a vida toda na miséria, e agora as suas obras são admiradas por meio mundo...
Queria trazer comigo um pouco do Almond Blossom, um bloco de notas ou outro objecto alusivo, dos que estavam à venda na loja do museu. E então os meus olhos bateram de frente com a bowling bag de tela. E começaram a pestanejar. Peguei nela e voltei a pousá-la.
- Porque é que não a levas?
- É cara...
- Mas tu queres... Leva, senão vais-te arrepender...
(Tens razão, não discuto mais).
Tirámos as fotos da praxe no jardim do Museumplein,





e decidimos ir a pé até à Estação Central, para apanharmos o comboio com destino a Enkhuizen, onde a C. nos disse haver um museu ao ar livre imperdível. Fomos escolhendo as ruas que nos pareciam mais bonitas,












e fomos parar a uma com meninas nas montras ("mas isto não é o Red Light... estamos onde?") e um pouco mais à frente vimos uma coffe-shop com um aspecto mais "calmo" do que aquelas que tínhamos visto ontem.



"Não é tarde nem é cedo", entramos, perguntamos  ao dono como é que aquilo funciona, escolhemos da lista, pedimos dois cafés e sentámo-nos no enorme sofá branco. Não quis fumar, em parte porque não estava para aí virada, mas também porque não queria estar "nas nuvens" numa cidade desconhecida, se acontecesse alguma coisa era aconselhável pelo menos um de nós estar plenamente consciente e com os reflexos a 100% (a minha mania de controlo falou mais alto). Na verdade não aconteceu nada de especial, e saímos dali pouco tempo depois.
O resto da tarde foi passada a "chegar" à Estação Central, por ruas e ruelas sem fim.









Não sei quantos quilómetros andámos, nem por onde andámos, sei que passámos numa rua cheia de lojas de roupa vintage (com peças magníficas!), parámos numa esplanada sossegada para comer umas sandwich e um sumo de laranja, percorremos uma avenida de antiquários com montras soberbas, sentámo-nos noutra esplanada para comer uma pizza e beber uma cerveja, seguimos em frente até encontrar por acaso a loja chinesa de ontem, que não é uma loja mas sim um supermercado onde a comunidade asiática se vai abastecer, porque para além das loiças e utensílios de cozinha (na cave) e objectos de decoração, do mais kitch ao realmente "eu podia levar isto para casa" (no 1º andar), têm no rés-do-chão todos os alimentos (frescos, secos e congelados), ingredientes e condimentos necessários na cozinha chinesa e japonesa. Um mimo!


 
Depois de nos orientarmos e finalmente descobrirmos o caminho até à estação, voltamos atrás à procura de um sítio para jantar nas ruas mais movimentadas, e escolhemos um dos muitos restaurantes argentinos da zona. Entramos no eléctrico de regresso a "casa" sem sequer nos lembrarmos de voltar ao Red Light. Por um lado ainda é muito cedo, as meninas só começam o turno da noite a partir das 10 horas, depois porque, sejamos sinceros, aquilo tem piada a primeira vez, depois é mais do mesmo.

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