domingo, 17 de fevereiro de 2008

Espero mais

- Estavas a apanhar seca? - pergunta-me ele, quando entrámos no carro depois de eu ter pedido para virmos embora no final de um almoço de família e amigos (da família).
- Não era bem seca, mas não estava à vontade. Nem eu nem ninguém que ali estava. Se fosse em casa do teu pai, estava tudo bem, mas assim não.

A verdade é que todo este tempo, o almoço e metade da tarde, não acrescentou nada à minha vida. Não tive nenhuma conversa interessante, não aprendi nada de novo, não tive um momento de felicidade, um momento que me fizesse sorrir. Enquanto bebíamos café eu só conseguia pensar "O que é que eu estou aqui a fazer?"
E cada vez dou mais importância a isso. Cada vez estou menos disposta a fazer algo que não acrescente nada ao meu dia.
Como lhe disse há algum tempo, quando ele quis que eu fosse ver uma exposição de motos "Já não tenho idade para fazer fretes!" E não está em causa a idade propriamente dita (30 anos... porra), mas sim uma noção mais apurada do que me faz feliz, do que deve ser repetido até se tornar ritual; do que deve ser evitado por ser uma perda de tempo. E eu começo a achar que não tenho tempo a perder...

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